você não pode me pegar agora.

Teu olhar pedido me acerta como uma flecha, ele é tão expressivo como um ponto de exclamação, mas nós duas sabemos que eu não posso ser sua meta muito menos ser sua salvação.

Nesse mesmo olhar perdido, percebo que tu tem esperanças de voltar ao inicio, mas agora olho para você como se isso fosse um sacrifício. Até paro para te observar, mas nunca passa disso.

Por ti fui capaz de esquecer minhas crenças, ignorei as diferenças e tirei de mim todo temor só para conseguir me entregar e corpo e alma. Sentir a dor do querer e não ter, mesmo sem ter queria proteger.

Me falava palavras bonitas que eu nunca entendia. Palavras que me fez virar refém da intensidade que entrelaçava a minha lealdade. No final era apenas isso, palavras vazias que nunca deveria ter ditas.

Você matou minha palavras, comeu meus restos depois de enxugar minhas lagrimas, nossos laços mais forte que aço conseguiu cortar. Eu morri devagar enquanto caminhava por sua casa mal assombrada.

Eu não sabia onde pôr minhas mãos sem você. Sentir a ânsia possuir meu corpo, sentir o gosto de sangue no teu pescoço, sentir meus ossos se quebrar quando tu disse que não poderia me amar. Me sentir deixada.

Não posso te deixar voltar. Você terá que conviver com meu gosto em tua língua, meu cheiro em tua cama e lembranças da minha voz dizendo que te ama.